segunda-feira, 17 de agosto de 2015

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Iniciando este blog com o objetivo de conversar e discutir sobre Reeducação Alimentar (RA) com todos aqueles que se interessam pelo tema.

Desde sempre me lembro de lutar contra a balança, em diferentes etapas de minha vida (mas não sou tão velho assim, rs). Dentre seguir modelos radicais de alimentação, ou muito difíceis de serem adaptados à minha realidade, e viver fases nas quais deixei me preocupar com minha saúde, fui amadurecendo e percebendo que a vida pode ser levada sem neuras, desde que nos reeduquemos. Como o próprio nome diz, a reeducação consiste em "aprender de novo", só que adotando hábitos melhores sem sermos atormentados ou torturados por isso.

Admito que ainda não tenho certeza do que escrever no blog, mas aos poucos as ideias virão :).

Comecei a reeducação há aproximadamente 1 mês. Especificamente no dia 12 de julho de 2015, um domingo, resolvi mudar meus hábitos (claro que isso não ocorreu da noite para o dia, depois conto melhor). Tenho uma balança em casa, daquelas digitais e portáteis, que não utilizava há um tempo, pois admito que não queria encarar a realidade que ela mostraria. Nesse dia, já tinha traçado algumas ideias na minha cabeça e me pesei, sem sustos, porque já esperava pelo que viria: 122 kg. Nunca na vida estive tão pesado, mesmo que procurasse não enxergar a situação (me olhava no espelho e dizia: "não estou tão mal assim"). Acontece que, para uma pessoa da minha altura, isso já era considerado como Obesidade Mórbida (de acordo com o IMC - falarei sobre ele em outros posts).

Um mês depois, no dia 12 de agosto, havia perdido 8 kg, chegando aos 114 kg. Foi um grande avanço e me senti bastante satisfeito com isso, pois os esforços haviam sido recompensados. Para ser sincero, esse pensamento de "recompensa" não é o ideal, pois a reeducação deve fugir dessa ideia de "me esforcei bastante para chegar até determinado peso, agora não preciso mais me esforçar". Errado! A reeducação é um processo constante e, atingido o objetivo, deve permanecer, diferenciando-se daquela "dieta da moda", ou daquela restrição alimentar excessiva.

Um pouco de histórico: ao longo da minha vida já me consultei com diversas nutricionistas e fui aprendendo um pouco com cada uma. Não quero de modo algum criticar a postura dos profissionais de nutrição (pelo amor de Deus!), mas admito que encarava as dietas como algo "com prazo de validade". Chegava ao peso que desejava (ou às vezes nem chegava) e, ao deixar de ser acompanhado, retornava ao peso e, na maioria das vezes, excedia. Isso não aconteceu uma única vez, infelizmente, e sei que muitas pessoas passam por isso. Acontece que esse conceito de reeducação exige que conheçamos bem nossa alimentação, independentemente de sermos acompanhados ou não por alguém em todos os momentos.

Daí, lendo bastante sobre reeducação alimentar, fui percebendo que a mudança dos hábitos não precisa ser massacrante e que era possível voltar ao peso que eu gostaria sem ter uma rotina extremamente difícil de seguir. Fiz uma análise pessoal e percebi que o princípio de tudo é ter autocrítica. Destaquei a palavra em negrito pelo tanto que ela tem me ajudado a rever conceitos de uma forma geral. Seja sempre autocrítico, a ponto de se questionar se aquela dieta restritiva realmente continuará sendo seguida por você a longo prazo, qual atividade física mais se encaixa a seus gostos pessoais e se aqueles alimentos muito difíceis de preparar ou carregar por aí se adaptam à sua rotina.

Por fim, para não me estender muito, minha ideia é utilizar o blog para mostrar parte dos meus avanços pessoais nessa reeducação (que sigo, nesse momento, há pouco mais de um mês), além de compartilhar o que tenho feito para chegar nesses resultados, conhecer pessoas com os mesmos pensamentos/interesses, trazer informações úteis e interessantes que vejo pelo mundo afora e muito mais que me venha à cabeça. Espero que pessoas que passam pelas mesmas situações possam compartilhar seus pensamentos, de modo a trilharmos esse caminho juntos :).

Obrigado a todos pela visita e sejam bem-vindos!